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Como assim? Eu não posso beber “só um pouco” nas festas de fim de ano?

Se você já tem doença hepática, abstinência de álcool continua sendo a recomendação mais segura e eficaz, não uma opção negociável.
O “copinho social” pode parecer inofensivo, mas o dano hepático é acumulativo e não linear, e o risco não desaparece com bons desejos de fim de ano.

Se quiser brindar, que seja com bebidas sem álcool — porque, no fígado, um brinde seguro é sem etanol.

Artigo atualizado: Colangite Esclerosante Primária

A colangite esclerosante primária (CEP) é uma doença rara do fígado e das vias biliares. Ela provoca inflamação e cicatrização dos canais que levam a bile, dificultando sua passagem. Costuma estar associada a doenças do intestino (como retocolite ulcerativa).

Os sintomas podem ser coceira, cansaço, icterícia (pele e olhos amarelados) ou até ausência de sinais no início. O diagnóstico é feito com exames de sangue e de imagem.

Com o tempo, pode levar a cirrose, infecções e aumentar o risco de câncer nas vias biliares. O tratamento inclui medicamentos para aliviar sintomas, procedimentos endoscópicos e, nos casos avançados, transplante de fígado.

Como assim nós não podemos beber álcool nas festas de fim de ano ?

Enfim chegamos àquela época no fim do ano que as pessoas passam em consulta, são orientadas da necessidade de abstinência alcoólica e não recebem a orientação muito bem (alguns chegam a ficar agressivos). Infelizmente, o médico não fala isso porque está de mal humor ou é sádico e pretende que sofra desnecessariamente. O que acontece é que o álcool é tóxico para o fígado e, nas pessoas portadoras de doença do órgão, qualquer quantidade é suficiente para levar a progressão da doença, o que pode ser irreversível.