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Atualização: Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)

A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma infecção grave do líquido ascítico que ocorre em pacientes com cirrose, sem foco intra-abdominal evidente. Resulta principalmente da translocação bacteriana intestinal e da baixa capacidade imunológica do líquido de ascite, especialmente quando sua concentração proteica é baixa. O diagnóstico baseia-se em contagem de neutrófilos ≥ 250 células/mm³ na paracentese, e o tratamento deve ser iniciado imediatamente com antibióticos de amplo espectro (como cefalosporinas de 3ª geração) e albumina intravenosa para prevenir insuficiência renal. A profilaxia é recomendada apenas em grupos de alto risco (hemorragia digestiva, ascite com baixo teor proteico e fatores adicionais de gravidade). Apesar do avanço terapêutico, a PBE ainda apresenta alta mortalidade e indica descompensação hepática importante, devendo sempre motivar avaliação para transplante hepático e vigilância intensiva.

Primeiro transplante hepático de porco para humano em receptor vivo

Pela primeira vez, um fígado de porco alterado em laboratório foi capaz de funcionar dentro do corpo humano por um mês. O feito, realizado na China e publicado na European Association for the Study of the Liver (EASL), marca um passo impressionante na busca por novas formas de transplante e pode transformar o futuro do tratamento das doenças hepáticas.

Excesso de sal pode prejudicar o fígado ?

Quem sempre coloca sal na comida teve em média 40% mais risco de desenvolver MASLD em comparação com quem raramente usa sal.
Essa associação persiste mesmo após ajustes por outros fatores, mas o estudo por si só não prova que o sal causa a doença.
Um estilo de vida saudável — incluindo menos sal, controle de peso, dieta equilibrada e moderação no álcool — é a abordagem recomendada para cuidar da saúde do fígado.

Como assim nós não podemos beber álcool nas festas de fim de ano ?

Enfim chegamos àquela época no fim do ano que as pessoas passam em consulta, são orientadas da necessidade de abstinência alcoólica e não recebem a orientação muito bem (alguns chegam a ficar agressivos). Infelizmente, o médico não fala isso porque está de mal humor ou é sádico e pretende que sofra desnecessariamente. O que acontece é que o álcool é tóxico para o fígado e, nas pessoas portadoras de doença do órgão, qualquer quantidade é suficiente para levar a progressão da doença, o que pode ser irreversível.

Novo artigo: Como funciona a lista de transplante hepático no Brasil

A lista de transplante hepático no Brasil é resultado de amplas discussões entre as sociedades médicas, governo e sociedade, que montaram um sistema que não é perfeito, mas que é o mais transparente, objetivo e justo possível. Mudamos do esquema de fila, onde era até certo ponto vantajoso entrar na fila antes de precisar do transplante (mas correndo o risco de fazer uma cirurgia de grande porte sem necessidade) para um que prioriza portadores de doenças mais graves ou com sintomas mais severos.