Hepatite C

Tratamento da hepatite C em idosos

De acordo com pesquisa realizada na Inglaterra e publicada na edição de julho da Journal of the American Geriatrics Society, idosos toleram muito bem o tratamento da hepatite C com os novos medicamentos (agentes de ação direta), chegando a cura em 97,7% entre pessoas de 65 a 74 anos e 95,8% naqueles acima de 75.

Claro, algumas particularidades devem ser levadas em consideração. Primeiro, idosos geralmente têm outras doenças e costumam tomar mais medicamentos, o que deve ser bem avaliado pelo risco de interação entre as medicações de uso crônico e as do tratamento para a hepatite. Nesses casos, os medicamentos crônicos foram trocados ou foi necessária uma monitorização mais rigorosa (para avaliar se há risco de interação, foi utilizado esse site). Nessa pesquisa, 80% dos pacientes acima de 75 anos tomavam medicações que interagiam negativamente com os da hepatite, mas foi possível o tratamento mesmo assim.

Segundo, o risco de efeitos colaterais do tratamento são mais frequentes, mas isso não significa que sejam graves. No estudo, foram mais comuns anemia, fraqueza, fadiga e sintomas gastrointestinais, sendo que a anemia foi relacionada ao uso de ribavirina e em alguns casos foi necessário ajustar a dose ou utilizar eritropoetina para reverter a anemia.

Os autores concluem que o tratamento da hepatite C com agentes de ação direta é seguro, muito eficaz e pode trazer grandes benefícios em termos de progressão da cirrose, redução do risco de hepatocarcinoma e outras complicações. Isso mostra que não há limite de idade para fazer diagnóstico e tratar a hepatite C.

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Foto por Pixabay em Pexels.com

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